devaneios online

posts recentes

Ajudar as escolas? Talvez...

Cavalheirismos..

subscrever feeds

arquivos

Julho 2013

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Maio 2012

Março 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Janeiro 2010

Julho 2009

Junho 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Em destaque no SAPO Blogs
pub
Domingo, 15 de Agosto de 2010

Ajudar as escolas? Talvez...

Começo com um vídeo:

 

É um vídeo bonito, bem feito, a apelar ao sentimento, e completamente fantasioso :)

Não acredito que alguma criança daquela idade escrevesse aquele texto.

Mas isso é o menos. O vídeo tem um propósito, que é o de pedir apoio para um projecto de angariação de livros para escolas que precisam.

E é aqui que a coisa se complica... E entramos no campo dos Ses...

Se o estado funcionasse... Se as escolas funcionassem... Se os paizinhos educassem decentemente os seus filhos... Demasiados ses...

 

Claro que há excepções, e estou plenamente consciente que as generalizações são perigosas, mas acontece que eu tive a sorte de ter começado a escola num país que apesar de ter outros problemas, tinha um sistema de ensino que funcionava. E os meus pais, na medida do que podiam, e sabiam, deram-me uma boa educação. Penso, e espero, que os efeitos ainda hoje se sintam.

Frequentei uma escola pública, e o material escolar era fornecido pela escola. Os livros eram propriedade da escola e eram para ser devolvidos no final do ano. Havia um caderno de exercícios, associado ao livro, e esse sim ficava para nós. Era aí que fazíamos os exercícios, e podíamos riscar à vontade. O restante material era constituído por lápis, borracha, caneta... tudo básico e funcional. Ninguém precisava de ir comprar material.

Claro que havia quem comprasse, mas o importante é que a escola fornecia o material suficiente para os alunos poderem trabalhar.

E, durante as aulas, enquanto se faziam cópias, ditados, ou contas de somar, o livro estava sobre a mesa para a professora poder ver.

Era-nos exigido que mantivéssemos o livro em bom estado. Era muito frequente a professora deambular pelo meio das carteiras, e pegar nos livros, para ver como estavam. Se não estivessem em bom estado, vinha uma nota para os pais, a avisar... No limite, os pais teriam de pagar o livro que o filho estragara. Era miúdo e não prestei atenção, mas acho que eram muito poucos os livros que não estavam em óptimo estado.

 

Naquela escola, os equipamentos auxiliares funcionavam. Existia equipamento desportivo, e havia competição intra, e inter escolas. Existiam instrumentos musicais, e havia uma banda da escola. E isto é o que eu me lembro passados mais de 30 anos.

 

Isto assim parece simples, e até é, mas implica uma sociedade muito diferente da que temos em Portugal hoje em dia. Numa escola daquele tipo não me custaria nada ajudar na compra de material, pois saberia que seria bem empregue, e estimado.

Pelo contrário, em Portugal, muito dificilmente ofereceria livros a uma escola. Aconteceria, com grande probabilidade uma de duas coisas. Ou ficavam guardados num qualquer canto sem qualquer uso, ou seriam postos à disposição dos alunos e não durariam mais de um ano. Vejo o cuidado que os meus sobrinhos têm com os poucos livros que lhes ofereci. Aliás desisti de lhes oferecer livros por esse motivo. Agora que já são mais crescidos, talvez melhorem... espero que sim.

 

Aqui, em Portugal, e resguardadas as devidas excepções, porque as há, o que vemos é um distanciamento dos pais em relação à escola. Há inúmeros pais que depositam os filhos na escola para serem educados, e que depois ficam muito admirados quando recebem queixa de que o menino ou a menina é mal comportada..

Os professores perderam a autoridade. Se repreendem o menino, têm que estar preparados para uma visita do pai do menino a pedir explicações. Se pensam em chumbar o menino, têm o conselho pedagógico à perna... Para quê chatearem-se?

O estado parece mais preocupado com estatísticas e indicadores para a UE ver, do que com a realidade. "Temos muitos alunos com dificuldades? Baixamos o critério e fica resolvido". "Os alunos chumbam? Acabamos com os chumbos".

 

Tudo junto faz com que qualquer pessoa de bom senso esteja muito desanimada quanto ao futuro da próxima geração, e consequentemente com o nosso futuro geral.

publicado por AReis às 15:02
link do post | comentar | favorito
Sexta-feira, 14 de Março de 2008

Cavalheirismos..

Meus caros, quando foi a última vez que abriram uma porta e deram passagem a alguém?
Neste nosso mundo em constante agitação, parece que nem sempre há tempo para esse tipo de delicadezas. Puro engano. Há sempre. Arriscar-me-ia até, a dizer que agora, mais do que nunca, é necessário recuperarmos alguns destes sinais de educação e de civismo. Afinal, não custa assim tanto, e o efeito acumulado pode ser bastante interessante.

É verdade que não o faço sempre, mas, sempre que me lembro, ou que reparo que vem lá mais alguém, eu abro a porta, e seguro-a para que a(s) outra(s) pessoa(s) passe(m).
Eu fui educado assim, e é engraçado que nunca pensei muito no assunto, mas, agora que já sou um pouquinho mais velho, reparo que os efeitos dessa educação ainda persistem. Fico contente por isso.

No outro dia, ao preparar-me para subir as escadas do metro, mesmo junto ao trabalho, deparei-me lá com uma senhora que trazia um carrinho de bebé. Perguntei-lhe se a podia ajudar, e reparei que a sua primeira reacção foi de surpresa. No entanto, aceitou, e lá a ajudei a trazer o carrinho para cima.
(O facto do metro não ter rampas de acesso ou elevadores em todas as estações é outra coisa que não compreendo)
A mim, custou-me talvez 20 ou 30 segundos. À senhora, ajudou bastante, pois penso que sozinha não conseguiria subir os degraus. O mais incrível, é que à minha frente vinham várias pessoas, que eu vi passarem ao lado da senhora, e seguirem em frente. Homens, mulheres, jovens, e menos jovens, todos passaram ao largo.

Depois queixamo-nos "Já não há respeito por ninguém", "Ninguém nos ajuda", "Ai que este mundo está perdido!". No entanto já pensaram se fazem a vossa parte?
Hein?
publicado por AReis às 23:24
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

pesquisar

 

tags

todas as tags