Confesso que a figura me é simpática.
O Dr. Fernando Nobre tem obra feita, na sociedade civil, e surpreendeu muita gente quando se candidatou como independente à Presidência da República. Gostei de ouvir alguns dos seus discursos, mas no entanto não me convenceu. Fiquei com sérias dúvidas sobre qual seria o seu verdadeiro comportamento enquanto PR, sem nunca ter estado envolvido na vida política. Isso poderia ser uma vantagem, mas no meu caso, não me convenceu e não votei nele como cheguei a pensar fazer.
No entanto, boa parte da sua campanha, se não toda, foi feita a demarcar-se dos partidos políticos, e dos deputados, e agora passados uns meses aparece como cabeça de lista de Lisboa pelo PSD, e até, pasme-se, como candidato a presidente da Assembleia da República?
Afinal como é? Onde estão as profundas convicções que disse ter, e a total isenção e independência que apregoou?
Claro que lhe reconheço o direito de se filiar num partido, e de concorrer seja ao que for, mas custa-me a crer que se mude de opinião (e convicções) assim tão rapidamente.
Quanto à questão de ser candidato a presidente da Assembleia da República, nem sabia que tal 'condição' existia, mas sou totalmente contra. O Dr. Fernando Nobre, nunca foi deputado, e penso que seria um grande falta de respeito a todos os deputados, de todos os partidos, colocá-lo como presidente da AR.
Fez-me lembrar esta cena que se passou há pouco mais de um ano, em que o Secretário de Estado da Educação revelou desconhecer o modo como se devia dirigir ao plenário da AR: