Uma das notícias do dia foi a de que os procuradores encarregues do processo freeport queriam inquirir o Sr. Primeiro Ministro, José Sócrates, e que só não o fizeram porque a Procuradoria Geral da República definiu um prazo limite para o processo.
Politiquices à parte, é este o retrato da nossa justiça, e os leigos, como eu, tiram daqui várias leituras:
* Em 6 anos, sempre se ouviu falar no nome de José Sócrates, e nunca ninguém pareceu querer inquiri-lo.
* Afinal parece que até havia uma lista de 27 perguntas, que os Srs. procuradores queriam fazer a José Sócrates, e que nunca tinha sido apresentada.
* Houve vários procuradores a tratar deste processo, ao longo dos tais 6 anos e parece que estes últimos estavam com o processo há mais de um ano e meio.
Aposto que se não tivesse sido fixado um prazo limite para o terminus do processo, ninguém teria vindo a público dizer que achava necessário inquirir José Sócrates. Ninguém falaria na tal lista de 27 perguntas, e nós, povo contribuinte, teríamos continuado, alegres e contentes a pagar os vencimentos dos procuradores, e de todo o staff acessório, durante mais um bom par de anos, até que o processo prescrevesse. (Santos empregos)
Assim como assim, não se esperava que alguém acusasse formalmente o Primeiro Ministro, pelo que o melhor é mesmo acabar com a palhaçada de um processo que se arrastava já há demasiado tempo. Sempre se poupa algum dinheiro.
Em jeito de conclusão devo dizer que não gosto de José Sócrates, não gosto de Pinto Monteiro, actual procurador geral da república, e só não cito os procuradores, porque não os conheço, nem sei quantos são, mas também não gosto deles.
É por estas e por outras, que a generalidade da população não confia, nem nos políticos, nem na justiça portuguesa.
Pobre país em que isso acontece...
Referências:
MP não fez 27 perguntas a Sócrates sobre Freeport por falta de tempo
PGR vê com "surpresa" necessidade de mais inquirições no caso Freeport
Muito se terá falado, e escrito, nos media portugueses, sobre o negócio da PT/Telefónica/Vivo, e com certeza todos saberão muito mais do assunto do que eu. No entanto aqui fica a minha opinião, e afirmo desde já que trabalho para a PT, embora as minhas funções, e as da direcção a que pertenço, não tenham nada a ver com este negócio, nem com as decisões estratégicas da PT. Vou-me limitar a analisar os factos que vieram a público, e emitir a minha opinião pessoal.
A parceria entre a PT e a Telefónica permitiu à PT crescer para fora de Portugal. O nosso mercado é demasiado pequeno para as ambições da PT, e só através da internacionalização é que a PT poderá crescer e criar valor para os seus accionistas. Penso que ninguém discordará.
A PT tem sabido crescer, dirigindo as suas atenções para o Brasil (mercado em franco desenvolvimento) e para África, que tem um potencial enorme, mas ainda está muito pouco maduro para ser rentável.
A parceria com a Telefónica na Vivo, serviu os interesses da PT, e presumo que da Telefónica também, até esta se sentir suficientemente bem implantada no Brasil para arriscar a compra do total do capital da Vivo.
A partir daí, depois da oferta de compra da Telefónica, pouco mais haveria a fazer. A parceria estava condenada. A PT reagiu, e muito bem, conseguindo que a Telefónica subisse o preço por duas vezes. Não poderia fazer muito mais. Os accionistas da PT já deviam ter feito inúmeras contas com o lucro que lhes caberia na venda da Vivo. Negar-lhes esse valor seria muito perigoso.
E se pensarmos bem, caso a PT não vendesse à Telefónica, quem mais iria querer comprar a Vivo? Nenhum outro grupo económico ofereceria tanto dinheiro por uma participação minoritária na Vivo. Não vendendo à Telefónica, restava à PT aguentar a parceria, que já tinha sido condenada pela oferta da Telefónica. Não acredito que fosse possível manter a confiança mútua necessária neste tipo de parcerias, e sendo assim, terminando a parceria, terminaria o envolvimento da PT no Brasil. E no mercado, esse desfecho custaria certamente milhões.
Acredito que se escolheu a melhor solução. A parceria estava condenada, mas a PT conseguiu embolsar os 7500 mil milhões de euros que a Telefónica oferecia. Com isso contentou os seus investidores, e tem uma reserva de capital muito invejável.
Está já anunciada uma nova parceria com a OI, que, não sendo a Vivo, tem em carteira cerca de 60 milhões de clientes, o que não é nada de desprezar. Cálculo que a PT terá de dar um passo atrás, rever a sua posição e re-alinhar a sua mira, mas não ficará fora do jogo. Apenas terá de fazer alguns ajustes. No fundo penso que acabou tudo em bem, a Telefónica comprou o que queria, a PT embolsou o dinheiro, e já garantiu continuidade no Brasil. Os accionistas, esses, vão receber algum dinheiro e têm a prova de que a administração da PT continua a envidar esforços para fazer a empresa crescer e consequentemente gerar valor para esses mesmo accionistas.
Quanto à golden share... sempre fui contra. Se o governo (qualquer governo) quer ter controlo sobre uma empresa, deve adquirir uma posição de controlo nessa empresa, e não deve adulterar o equilíbrio, "colorindo" meia-dúzia de acções e dizendo que essas valem mais do que as outras todas juntas. Ou queremos um mercado livre ou não queremos.
Num áparte, diverti-me a fazer umas contitas...
Convenhamos que 7.5 mil milhões de euros (7 500 000 000) é muito dinheiro. Mais do que qualquer cidadão português jamais verá, e muito, muito difícil de imaginar. A denominação máxima das notas de euro é, como sabemos, 500 Euros e essas notas medem 160mm por 82mm, ou seja 13120 mm2. Ora, uma sala normal neste país andará por volta dos 30m2, 35m2 para sermos generosos, ou seja 35000000mm2
7500000000 euros em notas de 500 são 15000000 notas (15 milhões de notas) e ocupam 196800000000mm2 o que equivale a 5622 salas com o chão forrado a notas de 500 Euros. Cinco mil salas, com o chão de cada sala a valer cerca de 1.334.000 Euros. Sim, são mais de cinco mil salas, com 1 milhão, 334 mil euros no chão de cada uma...
Ou caso gostemos de medidas lineares, podemos multiplicar as 15000000 notas pelo seu comprimento individual de 160mm, o que dá 2400000000mm ou seja 2400000m ou 2400km. Ora tendo em conta que a fronteira com Espanha tem 1214 Km de comprimento, quase que dá para colocar 2 notas de 500 Euros lado a lado (no sentido do comprimento) ao longo de toda a fronteira...
Ou, colocar as notas sobre a água, a partir de Lisboa e todas em fila cobrem os 960 Km até ao Funchal. Depois, com o que sobra (e ainda é mais o que o necessário para regressar da mesma forma) poder-se-iam gozar umas férias tremendas :)
Enfim, mesmo com estes exemplos, não consigo imaginar o que serão 7500 milhões de euros...
Gosto de animais. Provavelmente, isso deve-se a desde pequeno ter tido contacto com animais. Neste momento tenho 3 gatos. 2 irmãos (machos) já com um ano, e uma "amostra" (também macho) com 4 ~ 5 meses que apanhei na rua. Salvaguardadas as devidas distâncias, os meus gatos são parte da família, e como tal gosto de os ver felizes. Têm o quintal todo para explorar e brincar, dou-lhes comida de manhã e à tarde. Entram dentro de casa com a minha supervisão, e até agora não fizeram nenhuma avaria.
Mas o raio do pequenito, é um ganancioso de primeira. Deve ter sido abandonado porque o encontrei aqui na rua e ninguém parecia saber de onde tinha vindo. Estava "gordinho" e bem tratado, pelo que não devia ter estado muito tempo na rua. Socorri-o e agora é parte da "família".
Só que o "raio do bicho" não sabe partilhar. Quando lhes dou comida, atravessa-se em cima da comida rosnando para que os outros não comam. E os outros 2 armam-se em parvos e afastam-se... Só quando o "fedelho" está satisfeito é que eles vêm comer. O bicho não me pode ver a fazer festas ou a brincar com os outros que vem logo meter-se ao barulho. E eles brincam com ele, e são grandes compinchas, mas esta ganância do pequenito dá-me a volta ao juízo. Já lhe dei umas palmadas, já o tirei de cima da comida N vezes. Já o pus de "castigo", mas o gajinho não aprende. Nunca tive um gato assim tão egoísta e não sei que lhe faça...
Sabes que estás a ficar velho quando marcas uma intervenção para as 5 da manhã, e depois de 2 horas em que pouco mais fazes do que esperar que te telefonem, e verificar que está tudo bem, ficas todo roto no dia seguinte :)
Dantes é que era bom, tinha eu próprio feito a intervenção, fazia uma directa, e nem me ralava nada.
Aliás, há uns 10 anos atrás, houve umas semanas em que trabalhei ao contrário do pessoal. Estávamos a fazer umas migrações, e tinham que ser feitas fora de horas, de modo que começávamos às 2 da manhã, e terminávamos perto das 6 ou 7. Nessa altura ia para casa, ao contrário do transito, dormia até à hora de almoço e lá voltava eu para o trabalho.
Agora faço um dia e pronto...
Tou a ficar velho...
Já à algum tempo que andava para fazer uma limpeza ao meu PC. De fora já se conseguiam ver algumas poeiras. De modo que hoje decidi-me, e lancei mãos à obra, e em boa hora o fiz. Descobri que tinha o PC cheio de pó!
Tinha registado as temperaturas dos meus cores (50, 50, 45, 45) antes de desligar o PC e deixo aqui umas imagens para me envergonhar:
Isto é o dissipador do CPU. Por cima consegue-se ver a ventoinha, também ela coberta de pó. Em baixo vê-se parte da ventoinha da parte de trás da caixa. A placa que se vê à direita é a placa de vídeo.
Aqui vê-se a placa de vídeo e a fonte de alimentação. E muito pó.
Aqui, vê-se o dissipador com uma camada de pó tão grande que não sei como o ar conseguia fluir. Por cima desta camada de poeira encaixa a ventoinha do dissipador.
Usei um pincel para retirar a maior parte do pó e depois acabei por lavar o dissipador à torneira :) Ficou bem mais bonito.
Aliás, depois de limpo, ficou tudo mais bonito
No final, ficou tudo a funcionar novamente, mas devido à passagem de ar estar desobstruída, as temperaturas desceram uns 6 a 7 graus (42, 43, 38, 40).
Prometi a mim mesmo limpar o PC mais amiúde :)